Ninguém gosta de ser maltratado física ou psicologicamente, mas crenças de educação ou sociais fazem com que muitas mulheres aturem este tipo de comportamentos durante demasiado tempo, e indivíduos que querem causar danos, são especialistas em manobrar pessoas que têm crenças desadaptadas da realidade à sua frente.
É um facto que, infelizmente, ainda vivemos num mundo onde há países nos quais as mulheres estão inseridas numa cultura onde não têm poder, mas por agora, foquemo-nos nas sociedades onde não é assim.
Este é um exemplo de uma certa ingenuidade recorrente nas mulheres: “Tal pessoa tem bom fundo, não tinha intenção, não faz por mal…”
Quando acontece uma vez já não é um bom sinal, quando acontece duas? é intencional.
Quando és desconsiderada, a tristeza ou a raiva que sentes, são avisos: indicadores internos de que algo precisa de ser dito ou até feito – porque a verdade para contigo própria, assim o exige. Quando não falas, não reages, ou reages sem controlo, entregas o teu poder pessoal ao outro, que o vai usar para servir a sua própria agenda – passaste a ser controlada pela situação.
As pessoas boas também sentem raiva e também se zangam, a Arte está em saber como canalizar essa energia para comunicar e agir, com foco e autocontrolo, antes que o conflito se transforme numa escalada de acontecimentos com resultados imprevisíveis ou mesmo desastrosos.
Não ignores os avisos quando a tua intuição te está a alertar para o perigo, quer seja este mental, emocional ou físico, e principalmente, não te enganes a ti própria, porque na vida adulta crenças ingénuas resultam em desequilíbrio de poderes, e mais, podem tornar-se num convite ao abuso, na vida pessoal e profissional.
Não, as pessoas não são todas más, ou têm como fim último causar danos individuais ou sociais, mas algumas sim, e esta é a realidade.
Lembra-te, enquanto mulher és um Ser extraordinário, mas para que na cadeia de poder não te vejas no lugar da vítima, cabe-te fazeres o teu trabalho no teu próprio desenvolvimento pessoal, aprendendo a conhecer e a dominar com foco a tua mente, as tuas emoções, a tua energia: o teu poder.
E quando alcançares a mestria, usa-o para deixares o mundo um lugar melhor.
Até breve
** Este texto foi inspirado no livro de Jordan B. Peterson: “12 Regras para a vida, um antídoto para o caos” – e este é um livro que te recomendo vivamente.